O clube é sediado na cidade Donetsk, uma das mais próximas da fronteira com a Rússia. Por isso, a rotina de quem mora na cidade está alterada desde 2013, início dos conflitos internos na Ucrânia. O município é uma espécie de porta de entrada para a Rússia chegar ao restante do território ucraniano e, por isso, peça-chave em qualquer tipo de movimentação militar.

Com essa possibilidade de conflito, os 12 brasileiros que jogam na equipe podem retornar ao Brasil. São eles: David Neres, Pedrinho, Tetê, Alan Patrick, Maycon, Marcos Antônio, Vinícius Tobias, Dodô, Ismaily, Vitão, Marlon e Júnior Moraes, que também tem nacionalidade ucraniana.

A embaixada brasileira assegurou que os jogadores e todos os demais brasileiros que residem na Ucrânia poderão retornar ao Brasil caso julguem necessário.

O clube tem uma ligação antiga com o Brasil. Além dos atuais jogadores, já passaram por lá nomes como Elano, Taison, Douglas Costa, Luiz Adriano, Fernandinho, Dentinho e Jadson. A proximidade é tamanha que a equipe possui uma página oficial no Twitter direcionada ao público brasileiro.

Quando os confrontos se iniciaram, o Shakhtar teve complicações. A principal delas é a de não poder atuar em seu próprio estádio. Desde 2014, a equipe não pode mais jogar na Donbass Arena devido ao risco de ataques.

De lá para cá, o time passou a treinar de forma itinerante, jogando em cidades como Lviv, Carcóvia e até mesmo em Kiev, sede do maior rival nacional.

Foi na casa adversária, inclusive, que o Shakhtar enfrentou o Real Madrid na atual edição da Champions League, durante a fase de grupos. A equipe acabou goleada por 5 x 0, com show de Vinícius Junior.

Além disso, a equipe precisou realizar toda a intertemporada em solo turco, por receio de ataques.

Como terminou a primeira fase da Champions na quarta colocação do grupo, a equipe de Donetsk não está na Europa League. Atualmente, o time lidera o Campeonato Ucraniano, com 47 pontos, dois a mais que o rival Dínamo de Kiev, segundo colocado.