Um dos últimos protagonizou outro vídeo que viralizou no fim de semana, sendo derrubado próximo ao solo. Ali, a curiosidade adicional é sobre qual lançador de míssil portátil foi usado, se o Stinger americano, cuja entrega foi anunciada por países europeus e pelos EUA, ou se foi um Starstreak britânico —a rapidez e o rastro de fumaça sugerem o segundo, que até agora não se sabia estar em mãos de Kiev.Analistas militares ocidentais vinha mostrando surpresa pela falta de ação da Força Aérea no conflito e com o fato de que os ucranianos ainda operam, aparentemente, seus aviões e defesas de forma algo limitada. Agora será a hora de aferir se o fiasco da aviação russa na guerra de 2008 contra a Geórgia, que levou à reorganização e modernização das Forças Armadas de Putin, realmente deu certo na prática.No caso do Su-34, o piloto ejetou e sobreviveu, mas seu navegador ficou preso no cockpit e morreu. O aviador foi capturado e sua imagem começou a circular, causando espanto pela notoriedade da figura: trata-se de um certo major Krasnorutchev, que em 2016 posou ao lado de Putin e o ditador Bashar al-Assad na base russa de Hmeimin, na Síria.Com outros pilotos e aviões russos ao fundo, celebrava-se a intervenção militar promovida por Putin em 2015 para salvar o aliado na brutal guerra civil iniciada em 2011. Moscou teve lá a oportunidade de experimentar suas aeronaves e táticas em combate real, e o Su-34 ganhou rapidamente fama de avião implacável.Seu desempenho foi tão elogiado que a produção, tímida desde sua entrada em serviço em 2014, foi acelerada e até a guerra havia 122 unidades distribuídas por três regimentos, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (Londres). Com velocidade máxima de 1.900 km/h, ele carrega até oito toneladas de bombas e mísseis, em diversas configurações.

O Su-34 é um redesenho do clássico Su-27, cujo primeiro protótipo voou em 1990, no ocaso soviético. Ficou anos em desenvolvimento. Ele tem uma cabine amplamente modificada: maior, com o fundo mais achatado e toda blindada. Os dois pilotos vão lado a lado, enquanto em versões bipostas de variantes modernas como o Su-30 eles ficam um atrás do outro.

Seguindo uma tendência de forças modernas, ele deverá substituir outros modelos mais antigos, como o venerando avião de ataque a solo Su-25 e o Su-24, ambos em ação na Ucrânia, dos dois lados do conflito.