Ex-comandante do Exército presta depoimento sobre tentativa de golpe

Freire Gomes está também envolvido nas discussões sobre a minuta do golpe; além dos acampamentos golpistas em frente aos quartéis. Em linha com a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o general Freire Gomes esteve envolvido em conversas sobre a minuta do golpe com Bolsonaro.
Correio do Brasil
TNM/História de CdB

Freire Gomes está também envolvido nas discussões sobre a minuta do golpe; além dos acampamentos golpistas em frente aos quartéis. Em linha com a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o general Freire Gomes esteve envolvido em conversas sobre a minuta do golpe com Bolsonaro.

Por Redação – de Brasília

A Polícia Federal (PF) colheu, nesta sexta-feira, o depoimento do ex-comandante do Exército no governo anterior, general Freire Gomes. O interrogatório é considerado por analistas políticos como decisivo para as investigações relacionadas à suspeitas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha liderado a intentona terrorista do 8 de Janeiro.

Comandante do Exército, general Freire Gomes também assinou a nota de teor duvidoso para a democracia brasileira© Fornecido por Correio do Brasil

Freire Gomes está também envolvido nas discussões sobre a minuta do golpe; além dos acampamentos golpistas em frente aos quartéis. Em linha com a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o general Freire Gomes esteve envolvido em conversas sobre a minuta do golpe com Bolsonaro.

Consta, no entanto, que ele se recusou a participar de qualquer empreendimento golpista, o que teria desagradado aos militares aliados de Bolsonaro, como o general Braga Netto, que o agrediu nos meios militares ao chamá-lo de “cagão”. Freire Gomes precisa, também, esclarecer seu papel diante do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

Testemunha

O militar foi identificado como quem teria ordenado que o acampamento não fosse desmantelado. As autoridades desejam determinar se essa ordem foi emitida por iniciativa própria ou se ele recebeu instruções superiores para interromper o trabalho da PF e da Polícia Militar do DF, que, no final de 2022, estavam desmantelando o acampamento.

Freire Gomes é ouvido, ainda, na qualidade de testemunha, uma vez que não é alvo da investigação, o que o impede de mentir ou se calar diante dos questionamentos da PF. Mas os agentes reconhecem sua importância em evitar o envolvimento das tropas do Exército no golpe fracassado.

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